ARA – Almeida Revista Atualizada
Zofar repreende Jó, mostra a sabedoria de Deus e exorta ao arrependimento
1 Então, respondeu Zofar, o naamatita:
2Porventura, não se dará resposta a esse palavrório? Acaso, tem razão o tagarela?
3Será o caso de as tuas parolas fazerem calar os homens? E zombarás tu sem que ninguém te envergonhe?
4Pois dizes: A minha doutrina é pura, e sou limpo aos teus olhos.
5Oh! Falasse Deus, e abrisse os seus lábios contra ti,
6e te revelasse os segredos da sabedoria, da verdadeira sabedoria, que é multiforme! Sabe, portanto, que Deus permite seja esquecida parte da tua iniqüidade.
7¶ Porventura, desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-Poderoso?
8Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás fazer? Mais profunda é ela do que o abismo; que poderás saber?
9A sua medida é mais longa do que a terra e mais larga do que o mar.
10Se ele passa, prende a alguém e chama a juízo, quem o poderá impedir?
11Porque ele conhece os homens vãos e, sem esforço, vê a iniqüidade.
12Mas o homem estúpido se tornará sábio, quando a cria de um asno montês nascer homem.
13¶ Se dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus;
14se lançares para longe a iniqüidade da tua mão e não permitires habitar na tua tenda a injustiça,
15então, levantarás o rosto sem mácula, estarás seguro e não temerás.
16Pois te esquecerás dos teus sofrimentos e deles só terás lembrança como de águas que passaram.
17A tua vida será mais clara que o meio-dia; ainda que lhe haja trevas, serão como a manhã.
18Sentir-te-ás seguro, porque haverá esperança; olharás em derredor e dormirás tranqüilo.
19Deitar-te-ás, e ninguém te espantará; e muitos procurarão obter o teu favor.
20Mas os olhos dos perversos desfalecerão, o seu refúgio perecerá; sua esperança será o render do espírito.