Lição 07 – MENSAGEM DE JESUS – O REINO DE DEUS

 

Discipulando ciclo 1
Discipulando ciclo 1

MEDITAÇAO 
“Em verdade vos digo que, entre
os que de mulher têm nascido, não
apareceu alguém maior do que João
Batista; mas aquele que é 0 menor
no Reino dos céus é maior do que
ele. E, desde os dias de João Batista
até agora, se faz violência ao Reino
dos céus, e pela força se apoderam
dele. Porque todos os profetas e a lei
profetizaram até João" (Mt 11.11-13). 

REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA 
SEGUNDA - Mateus 6.10 
TERÇA - Mateus 13.1-58 
QUARTA - Marcos 1.14 
QUINTA - João 1.6-8 
SEXTA - Marcos 1.1-3 
SÁBADO - Marcos 10.15

TEXTO BÍBLICO BASE 
Mateus 3.1-3:11.1-5 
Mateus 3 
1 - E, naqueles dias, apareceu João Batista
pregando no deserto da Judeia 
2 - e dizendo: Arrependei-vos. porque é
chegado o Reino dos céus. 
3 - Porque este é o anunciado pelo profeta Isaias, que disse: Voz do que clama no
deserto: Preparai o caminho do Senhor,
endireitai as suas veredas, 
Mateus 11 
1 - E aconteceu que. acabando Jesus de dar
instruções aos seus doze discípulos, partiu
dali a ensinar e a pregar nas cidades deles. 
2 - E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos
de Cristo, enviou dois dos seus discípulos 
3 - a dizer-lhe: És tu aquele que havia de
vir ou esperamos outro? 
4 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide e
anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: 
5 - Os cegos veem, e os coxos andam; os
leprosos são limpos, e os surdos ouvem:
os mortos são ressuscitados, e aos pobres
é anunciado o evangelho. 

ORIENTAÇÃO
AO PROFESSOR 
INTERAGINDO COM O ALUNO 
A despeito de ser muito “conhecido”, o
Reino de Deus é um dos mais incompreendidos temas bíblicos. Sendo,
porém, uma aula dirigida a novos
convertidos, esta é uma excelente
oportunidade de tratar do assunto de
forma correta. Mesmo porque, como
cidadão do Reino, o novo convertido
necessita de orientação segura acerca
de sua nova vida. Este é um conselho
válido não apenas para o tema desta
lição, mas a todos os demais, pois é
grande a responsabilidade de quem
ensina (Mt 5.19). Esse é o momento
mais propicio e ideal para aprender
corretamente sobre todo e qualquer
tema. Portanto, aproveite o momento
e incentive o seu aluno a buscar o
aprofundamento em todos os pontos
tratados nesse primeiro ciclo de estudo, especialmente o de hoje: o Reino
de Deus, a mensagem principal de
Jesus Cristo, nosso salvador. 



OBJETIVOS 
Sua aula deverá alcançar
os seguintes objetivos: 
1 Demonstrar a importância do ministério de
João Batista, precursor do Messias; 
2 Expor o perfil do Messias esperado pelos
judeus e o de Jesus de Nazaré, o real Messias ou Cristo; 
3 Descrever o Reino de Deus, bem como
os sinais e o perfil dos cidadãos desse
mesmo Reino.

PROPOSTA PEDAGÓGICA 
É comum e normal que, ao transferir
residência para outra localidade, procuremos aprender a cultura e os costumes
observados ali. Isso deve ser feito para
que nos integremos da melhor maneira
possível ao novo lugar. Evidentemente
que, durante o período de adaptação,
haja alguns conflitos e até estranhamentos. Todavia, de forma paulatina vamos
sendo aculturados, adaptando-se à nova
localidade. É claro que, em se tratando de
mudança , sobretudo, ideológica e culturalmente falando , não é preciso haver
obrigatoriamente uma transferência de
local. Mudanças substanciais e profundas acontecem, também, por conta da
adoção de uma nova forma de pensar, e
isso não implica necessariamente no fato
de que tenhamos transferido residência.
É possível residir no mesmo lugar, mas
ainda assim mudar. Denomina-se esse
processo de transformação. Geralmente
há um motivo muito justo, ou forte, para
que isso aconteça, pois é fato que tal
mudança trará consequências, inclusive
sociais, para a pessoa. 
  De acordo com essa reflexão inicial,
pergunte aos alunos como eles se sentem
em sua nova vida. Não sendo o Reino de
Deus um local situado geograficamente,
mas uma realidade presente na vida apenas dos que se permitem ser governados
e/ou orientados pelo Criador, inquira-os
da seguinte forma: O que mudou em sua
vida depois que você acolheu a mensagem do Evangelho? Você acredita na
possibilidade de viver de acordo com a
vontade do Criador em um mundo apartado de Deus? É possível fazer a diferença
mesmo sendo a minoria? A mensagem
do Reino de Deus fala da importância de
fazer a vontade do Pai, aqui na Terra, assim como ela é feita no céu; você acredita
que é possível melhorar o mundo vivendo
dessa forma? 


INTRODUÇÃO
 Na oração do Pai-Nosso, Jesus ensinou, entre outras coisas, que devemos
pedir a Deus que “envie” o seu Reino, ou
o seu reinado, sobre nós (Mt 6.9-13). Isso
para que façamos, aqui na terra, a vontade
do Pai, exatamente como ela é feita no
céu. Tal não significa uma anulação do
nosso livre arbítrio , mas justamente o
contrário, pois se a vontade do Criador for
realizada, certamente os nossos verdadeiros anseios serão contemplados. Por isso,
Jesus instruía os seus discípulos a que
buscassem, primeiramente, o Reino de
Deus e sua justiça, e as coisas essenciais
e básicas certamente não nos faltariam
(Mt 6.25-34). É justamente acerca desse
assunto que vamos estudar hoje. 

1. JOÃO BATISTA -
O ÚLTIMO PRECURSOR DO
REINO DE DEUS 
   1.1 - Profetizado por Malaquias. O
último profeta literário do Antigo Testamento, Malaquias, profetizou que antes
da manifestação do Dia do Senhor, Deus
enviaria o profeta “Elias” para converter, ou fazer voltar, o coração dos pais
para os filhos e vice-versa (Ml 4.5,6). Ele
também admoestou os judeus a que
lembrassem da lei de Moisés, até que
isso não acontecesse (Ml 4.4). Quem
estuda a Bíblia sabe que o conhecido
profeta Elias desenvolvera seu ministério
anos antes de Malaquias e já havia sido
miraculosamente transportado aos céus
(1 Rs 17.1—2 Rs 2.11). Assim, a profecia de
Malaquias, conforme o anjo Gabriel, e o
próprio Jesus disseram, cumpriu-se com
João Batista, o “Elias que havia de vir"
(Mt 11.14; 17.10-13: Mc 9.11-13: Lc 1.16,17).
Isso porque João Batista desenvolvera
um ministério parecido com o de Elias,
inclusive, vestindo-se de forma parecida
(2 Rs 1.8; Mt 3.4). 
    1.2 - Nascimento de João Batista.
Cerca de quatrocentos anos depois da
profecia de Malaquias, um sacerdote
chamado Zacarias estava cumprindo a
sua vez no turno de oficiar o culto judaico,
quando avistou um anjo chamado Gabriel.
O mensageiro de Deus viera trazer a notícia
de que Isabel, esposa de Zacarias, mesmo
sendo avançada em idade, conceberia
e daria à luz um filho (Lc 1.5-25). Por ter
duvidado, Zacarias ficou mudo até que
o seu filho nascera (Lc 1.18-20,64). Como
orientado pelo anjo, deram ao menino o
nome de João (Lc 1.57-63). 
   1.3 - Ministério de João Batista. Desde
o seu nascimento, João Batista causou
curiosidade nas pessoas (Lc 1.66). No
cântico profético de Zacarias, seu pai. está
sintetizado o ministério que Deus destinara
a João (Lc 1.67-79). Seu trabalho consistiu
em advertir ao povo, despertando-o para
o julgamento divino que, para o Batista,
se avizinhava juntamente com o estabelecimento do Reino dos céus (Mt 3.1-12). É
preciso entender, particularmente no que
diz respeito ao Reino de Deus, que João
fala de algo que ele não sabe claramente
como é. Devido ao fato de João ser judeu, provavelmente sua perspectiva a respeito
do Reino era nacionalista e política. Ele,
porém, é claro ao dizer que sua missão
consiste apenas em anunciar a vinda do
responsável pelo estabelecimento do
Reino de Deus (Jo 1.6-8; 3.28). 

AUXÍLIO DIDÁTICO 1 
Esse primeiro tópico aborda um
assunto obrigatório ao estudo acerca
do Reino de Deus. Trata-se de “estágio
preparatório”, ou seja, a preparação
para que o Senhor Jesus Cristo realizasse sua obra redentora em Israel.
“Como os profetas do Antigo Testamento, João Batista apresenta sua
mensagem em paralelismo poético
dizendo uma coisa e então repetindo
a ideia ou sua antítese na linha seguinte. Trata-se de característica da
poesia hebraica e exprime a origem
semítica dos Evangelhos. João Batista
apresenta dois grupos distintos e antitéticos de pessoas: os arrependidos e
os impenitentes, as árvores frutíferas
e as estéreis, o trigo e a palha ([Mt
3,] v.12). O grupo dos impenitentes,
condenados por João Batista, são os
fariseus e saduceus (v.7). Lucas identifica os verdadeiramente arrependidos
como as multidões, os cobradores de
impostos e os soldados (Lc 3.10-14) Os
fariseus e saduceus aparecem muitas
vezes juntos no Evangelho de Mateus
como inimigos claramente definidos
de Jesus. Embora estes dois grupos
discordassem nitidamente entre si
em termos de política e teologia, na
maior parte do tempo eles estavam
unidos em sua oposição a Jesus"
(SHELTON, James B. “Mateus", In
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD,
Roger (Eds.). 
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, i.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.25-26).
Em sua pregação, além de anunciar o
Reino, João concita os seus ouvintes
ao arrependimento. A esse respeito,
Shelton diz que é “comum a palavra arrependimento (metanoia) ser
entendida erroneamente por mera
confissão de pecados; com mais precisão, diz respeito ao ato de 'pensar
de novo’ (meta mais noia), quer dizer,
reconsiderar e mudar o estilo de vida,
de modo sociologicamente observável: 'Produzi, pois, frutos dignos de
arrependimento' (v.8). É por isto que
João Batista dirige sua contundente
repreensão: 'raça de víboras’, aos
fariseus e saduceus. Osjudeus observaram a lavagem cerimonial, desde o
simples ato de lavar as mãos a banhar
o corpo inteiro em cisternas (como as
encontradas nos sítios arqueológicos
em Jerusalém e em Qumran, a comunidade do mar Morto). Os fariseus e
saduceus presumiam que, considerando que eles eram filhos de Abraão,
eles tinham direito de receber 0 rito de
João Batista, mas ele estava exigindo
que eles se arrependessem como se
eles fossem gentios!" (Ibid., p.26).




2. JESUS CRISTO—
0 FUNDADOR/INICIADOR
DO REINO DE DEUS 
   2.1 - O Cristo/Messias esperado
anuncia o Evangelho do Reino de Deus.

Ansiado por todos os judeus, o “Ungido’’
(Messias, no hebraico, ou Cristo, no grego), visto como descendente de Davi,
era aguardado como o grande libertador
que restauraria a soberania política de
Israel. Assim, é com grande entusiasmo
que Marcos informa que após a prisão de João Batista veio Jesus Cristo pregando o
Evangelho do Reino de Deus (MC 1,14,15). Na
verdade, essa era a principal mensagem
do Mestre e mesmo de seus discípulos e
apóstolos (Mt 4 23; Lc 4.43: 8.1; At 1.3; 8.12;
19.8; 20.25; 28.23,30,31). Essa mensagem
era ansiosamente aguardada, pois se
pensava que ao soar dela se acabariam
todos os problemas pelo simples fato de
eles serem descendência de Abraão. Todavia, como os advertira João Batista, eles
não deveríam presumir-se de si mesmos
o serem filhos de Abraão, pois “mesmo das pedras Deus pode suscitar filhos a
Abraão” (Mt 3.9; Lc 3.8). 
    2.2 - O Batizador com o Espírito Santo. Uma das características, e também
promessas, mais marcantes do Cristo é
que, conforme João Batista, enquanto este
batizava com água, para o arrependimento, aquele batizaria com o Espírito Santo e
com fogo, como forma de revestimento
(Mt 3.11; Lc 3.16; At 1.1-8). Assim, se o batismo de João era um rito de passagem
para exemplificar algo que já ocorrera, o
batismo de Jesus marcava uma condição
permanente de algo que apenas se iniciara
com tal revestimento. 
2.3 - O Comissionador dos anunciantes do Reino de Deus. Em Mateus10.7 Jesus instrui seus discípulos a que
anunciem a chegada do Reino dos céus. A
mesma passagem é relatada por Lucas ao
dizer que Cristo enviou os seus discípulos
a pregar o "Reino de Deus e a curar os
enfermos" (9.2). Essa mesma designação é
repetida em Lucas 10.8,9, quando o Mestre
instrui os seus setenta discípulos: “E, em
qualquer cidade em que entrardes e vos
receberem, comei do que vos puserem
diante. E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino
de Deus". Assim, apesar de Jesus iniciar/
fundar o Reino de Deus, incumbiu seus
discípulos de anunciar tais Boas Novas
(Mc 16.15).


AUXÍLIO DIDÁTICO 2 
Uma vez que já tivemos uma lição
exclusiva que tratou acerca da pessoa
do nosso meigo salvador(Lição 3), priorizaremos o subsidio do terceiro tópico,
pois o conteúdo deste ponto pode ser
abordado com o auxílio e reforço do que
já foi exposto na referida lição. O ponto
alto a destacar deste tópico é o fato de
que Jesus inicia definitivamente a possibilidade do Reino e também é quem
batiza com o Espírito Santo. 

3. O ESTABELECIMENTO DO
REINO DE DEUS 
    3.1 - O conceito de Reino de Deus. No
que diz respeito à nomenclatura, ou seja,
a “Reino de Deus”, trata-se de expressão
novíssima, pois não há registro dela no
Antigo Testamento, nem no período intertestamentário, sendo um conceito praticamente exclusivo de Jesus (com uma
pequena ocorrência em João Batista) que
nos remete à ideia de um governo ideal,
teocrático que só existira no paraíso, o
lugar original e perfeito onde existia plena
harmonia entre a humanidade e o Criador
e as todas as demais coisas. Dessa forma,
inicialmente é preciso entender que há
uma grande diferença entre a expectativa humana acerca do Reino e a vontade
divina a respeito desse mesmo Reino (Jo18.36 cf. Lc 11.20). Assim, Reino de Deus
significa o reinado, ou o governo, de Deus
sobre todas as coisas. Entretanto, nesse
momento, isso não pode ocorrer pelo
simples direito de Deus ser o Criador de
todas as coisas, pois o pecado privou-nos
de desfrutar de tal governabilidade. Para
isso acontecer, é preciso haver recepção
voluntária e consequente submissão à
soberania divina. É por isso que Jesus
vem anunciar o Evangelho, ou seja, a
mensagem que consiste no anúncio de
que, através dEle, é possível viver ainda
aqui sob a égide, ou direção, de Deus. 
   3.2 - Os sinais do Reino de Deus. A
fim de provar às pessoas que o Reino de Deus chegara, Jesus realiza sinais
que antecipam, ou seja, mostram o que
significa desfrutar, ainda que de maneira
passageira, de um mundo onde Deus
governa indistintamente. Em outras palavras, os sinais realizados por Jesus Cristo
apontam para um mundo onde não há
lugar para doenças, tristezas, angústias
ou dor (Lc 7-21,22). 
   3.3 - Os cidadãos do Reino de Deus.
Se no aspecto físico Jesus assim o demonstrara, do ponto de vista social, em
dois momentos de injustificada disputa
dos discípulos acerca de qual deles era “o
maior", Ele ensinara que na perspectiva do
Reino, quem quisesse ser o “maior” deveria
receber uma criança como se fosse o próprio Mestre, pois aquele que se tornasse
o menor entre eles, esse sim seria grande
(Lc 9.46-48; Em outra ocasião Ele disse
que quem não recebesse o Reino de Deus
como uma criança jamais poderá entrar
nele: ( Mc 10.15 ). No outro caso, ao disputarem entre si quem era o maior, o Senhor
mostrou-lhes novamente que quem assim
quisesse ser, deveria tornar-se o menor
(Lc 22.24-27). Por esses exemplos, vê-se
uma enorme diferença do que significa ser
cidadão do Reino de Deus e como se deve
viver na dimensão desse mesmo Reino. 

AUXÍLIO DIDÁTICO 3 
Este último tópico é o mais importante da lição, pois trata da mensagem
de Jesus. “O Jesus inspirado pelo
Espírito fala profeticamente sobre a
vida do Reino de Deus, incluindo sua
própria vinda e o julgamento final. Lucas registra dois dos maiores discursos
de Jesus sobre os acontecimentos do tempo do fim (Lc 17 20-37; 21.5-36),
O Reino, o governo de Deus, é uma
realidade presente (veja Lc 10.9,11;
11.20). A vida e o ministério de Jesus
declaram de modo veemente e novo
a presença do reinado régio de Deus.
Mas a vinda desse Reino também é um
acontecimento futuro. Jesus se refere
a ambos os lados do reinado soberano
de Deus aqui. Nos versículos 20 e 21
[de Lucas 17I, em resposta a uma pergunta feita pelos fariseus, Ele explica
a natureza futura do Reino. Depois, nos
versículos 22 a 37 Ide Lucas 17I, Ele
explica aos discípulos a futura vinda
do Reino". (ARRINGTON, French L.
“Lucas". In Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, i.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2003, p.432). Conforme
o mesmo autor, a explicação do Mestre
foi ensejada porque alguns fariseus
o questionaram acerca do momento
em que Deus estabelecería o seu
Reino. “Não há que duvidar que eles
ficaram impressionados com os dons
proféticos de Jesus, então agora eles
desejam saber o momento quando
Deus começará a exercer seu governo
sobre a humanidade. Eles querem um
horário e presumem que sinais visíveis
precederão a vinda do Reino. Jesus
explica que o Reino de Deus é distinto
dos reinos com os quais os fariseus
estão familiarizados. Sua vinda não
corresponderá com sinais visíveis para
que ninguém possa predizer o tempo
exato de sua chegada. As pessoas
entendem mal o caráter do Reino de
Deus, quando dizem: Ei-lo aqui! Ou:
Ei-lo ali!’ Tais predições são arrogantes
e mostram-se falsas e decepcionantes
a pessoas persuadidas por elas (cf. At
1.6.7)" (Ibid.). A respeito dessa curiosidade, diz Arrington, “Jesus afirma que
a fase inicial do Reino não vem desse
jeito: de fato, já veio (Lc 17.21). Jesus
usa a palavra entos para descrever
sua presença palavra que significa
'dentro' de vocês ou ‘entre, no meio de'
vocês. Jesus está falando a fariseus,
que sem dúvida o rejeitaram. Ele não
diria que o reinado de Deus está dentro
do coração deles. Contudo, o Reino é
um fato histórico. Jesus quer dizer que
o Reino está 'entre vós' presente no
que Ele faz e diz , ainda que os fariseus permaneçam cegos diante dessa
realidade (cf. Lc 11.20). Eles esperam
ver sinais da vinda do Reino algum dia
no futuro. Mas não há necessidade
de procurar sinais futuros da vinda
do governo de Deus. Hoje pode-se
entrar nele, embora sua consumação
final venha depois" (Ibidem.). Assim,
finalizando a questão desse tópico,
em o “Novo Testamento, o Reino de
Deus tem uma dimensão já’ e 'ainda
não’. Já está presente, mas ainda não
entrou na plenitude do seu poder e
glória. Os discípulos se preocupam
com a manifestação futura do reinado
de Deus. Voltando-se para eles, Jesus
começa a falar sobre 0 Reino em sua
glória final com as palavras: 'Dias virão’.
Ele prediz que os discípulos desejarão
'ver um dos dias do Filho do Homem',
o que se refere ao período no qual o
Reino de Deus está estabelecido na
terra" (lbid„ pp.432-33).


CONCLUSÃO 
Somente o amor nos habilita a viver,
ainda aqui na terra, cumprindo a vontade de
Deus, tal como ela é feita indistintamente no
céu. Para isso foi que Paulo instruiu-nos em
Filipenses 2.5-11, a que tivéssemos o mesmo
sentimento, ou disposição, que houve em
Cristo Jesus que, sendo Deus, não teve por
usurpação ser igual a Deus, mas abriu mão
de sua glória e tornou-se servo por amor a
Deus, e à humanidade. Assim, Ele espera
que também façamos, de forma voluntária e
sem constrangimento, pois o amor nos leva
a amar como Jesus nos amou, tornando-se
esse ato na maior forma de pregação do
Evangelho do Reino de Deus.




VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO 
1.0 que Jesus ensinou que pedíssemos na
oração do Pai-Nosso?
 Que devemos pedir a Deus que “envie”
o seu Reino sobre nós (Mt 6,9-13). Isso para
que façamos, aqui na terra, a vontade do
Pai, exatamente como ela é feita no céu. 

2. Por que João Batista foi profetizado por
Malaquias com o nome de Elias? 
 Porque João Batista desenvolvera um
ministério parecido com o de Elias, inclusive, vestindo-se de forma parecida (2 Rs1.8; Mt 3.4). 

3. Qual foi a principal missão de João
Batista? 
 Anunciar a vinda do responsável pelo
estabelecimento do Reino de Deus (Jo 1.6-8; 3.28). 

4. Qual a principal diferença entre o batismo de João e o de Jesus? 
 O batismo de João era um rito de passagem para exemplificar algo que já tinha
ocorrido, o batismo de Jesus marcava uma
condição permanente de algo que apenas
estava iniciando com tal revestimento. 

5. O que é o Reino de Deus? 
 Um conceito exclusivo de Jesus que
nos remete à ideia de um governo ideal,
teocrático que só existiu no Paraíso, o
lugar original e perfeito onde havia plena
harmonia entre a humanidade e 0 Criador
e as todas as demais coisas.

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