Lição 12 - A bondade de Deus e os falsos profetas

 

DISCIPULADO CICLO 4
DISCIPULADO CICLO 4

MEDITAÇÃO 
Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade. (S1 103.8) 

REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA 
 SEGUNDA - Salmos 103.1-22 
 TERÇA - Êxodo 34.5-7 
 QUARTA - Jeremias 33.3 
 QUINTA - Mateus 24.11,24 
 SEXTA- 2 Pedro 2.1-8 
 SÁBADO -1 João 2.3-6

TEXTO BÍBLICO BASE 
Mateus 7.7-20 
7 - Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis;
batei, e abrir-se-vos-á. 
8 - Porque aquele que pede recebe; e o que
busca encontra; e, ao que bate, se abre. 
9 - E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? 
10 - E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? 
11 - Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas
coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso
Pai, que está nos céus, dará bens aos que
lhe pedirem? 
12 - Portanto, tudo o que vós quereis que os
homens vos façam, fazei-lho também vós,
porque esta é a lei e os profetas. 
13 - Entrai pela porta estreita, porque larga é a
porta, e espaçoso, o caminho que conduz à
perdição, e muitos são os que entram por ela; 
14 - E porque estreita é a porta, e apertado, o
caminho que leva à vida, e poucos há que
a encontrem. 
15 - Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas,
que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas
interiormente são lobos devoradores.
16 - Por seus frutos os conhecereis. Porventura,
colhem-se uvas dos espinheiros ou figos
dos abrolhos?
17 - Assim, toda árvore boa produz bons frutos,
e toda árvore má produz frutos maus. 
18 - Não pode a árvore boa dar maus frutos,
nem a árvore má dar frutos bons. 
19 - Toda árvore que não dá bom fruto corta-se
e lança-se no fogo. 
20 - Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

INTERAGINDO.COM O ALUNO
 Enfatize aos seus alunos a seriedade do
Evangelho. Cristo não pregou uma mensagem
que abria espaço para um meio-termo. Muito
pelo contrário, a Boa Notícia do Evangelho é
apresentada como sendo a única alternativa
para o ser humano. A mensagem do Evangelho
é uma mensagem de amor, graça e misericórdia
da parte de Deus em favor dos seres humanos,
mas também é uma conclamação para que o
ser humano se arrependa dos seus pecados e
volte-se totalmente para Deus, que está sempre
pronto para recebê-lo enquanto ainda há vida
e a porta da graça não se fecha. 
   Explique-lhes também o perigo das seitas,
dos falsos mestres, daqueles que se apresentam com uma aparência de piedade, mas na
verdade são lobos devoradores. Mostre-lhes
como identificar um falso profeta e incentive
-os a não temerem o espírito relativista deste
mundo, mas proclamarem a mensagem do
Evangelho, com toda a sua clareza e impacto
natural sobre a vida das pessoas. Lembre-os
que assim como o Evangelho um dia os alcançou, Deus quer alcançar outras vidas também
pela instrumentalidade deles. 



OBJETIVOS 
Na lição de hoje, sua aula deve
alcançar os seguintes alvos: 
1 Conscientizar seus alunos de que vale a
pena perseverar em oração porque nosso Pai celestial é bom, nos ouve e quer o
nosso bem;
2 Enfatizar que o Evangelho fala claramente de dois caminhos, logo não há meio
termo quando o assunto é a salvação; 
3 Esclarecer aos seus alunos como eles
podem identificar um falso profeta e o
perigo que é ser enganado por esse tipo
de gente. 

PROPOSTA PEDAGÓGICA 
Uma sugestão interessante para esta
aula, na sua parte final, quando o tema são
os falsos profetas, é elencar no quadro uma
série de características dos falsos profetas,
e de seus seguidores, encontradas na Bíblia
e explicar cada uma dessas características.
0 Auxílio Teológico 3 da lição de hoje traz
uma lista, feita pelo teólogo Donald Stamps,
trazendo algumas dessas características
que poderiam ser apresentadas e explicadas em sala de aula. Com certeza, essa
sugestão deve enriquecer mais a sua aula
e torná-la ainda mais interessante aos seus
alunos, uma vez que se espera que eles estejam, devido à seriedade e à importância
do assunto, interessados em identificar bem
qualquer falso profeta e evitar caírem no engano como muitos já caíram na história e estão caindo ainda hoje.

 INTRODUÇÃO 
Na lição de hoje, começaremos a ver a
parte final do Sermão da Montanha. Aqui, Jesus se aproxima do final de sua exposição. Ele
fala sobre a bondade de Deus e, em seguida,
introduz o desfecho do sermão, conclamando
seus ouvintes a tomarem uma decisão.
Depois de tudo o que falou, fica claro
que só há dois caminhos, duas portas, duas
alternativas: uma leva, à perdição e a outra, à
salvação. Não há meio-termo: ou você está em
um caminho ou você está no outro.
Para reforçar o seu alerta sobre o falso
caminho, Jesus fala dos falsos profetas e como
identificá-los para não sermos enveredados
pelo caminho da perdição. Atentemos, pois,
aos alertas de Jesus. 

1. DEUS É BOM 
    1.1. “Pedi e dar-se-vos-á”. Em primeiro lugar, Jesus inicia essa parte falando
sobre a bondade divina. A bondade de Deus
é manifestada em nossa vida, não apenas na
bênção da salvação e no seu cuidado diário
por nós, mas também em sua disposição em
nos abençoar. Sim, Ele é galardoador dos que
o buscam (Hb 11.6). Mas nem sempre o buscamos como deveríamos; ou, então, às vezes,
pedimos coisas que pensamos que serão para
o nosso bem, quando, na verdade, não serão.
Ou seja, pedimos mal (Tg 4.3). A Bíblia diz que
Deus só atenderá àquilo que estiver dentro de
sua vontade (1 Jo 5.14), que é boa, perfeita e
agradável (Rm 12.2). Confiemos! Ele sabe o
que é melhor para as nossas vidas. 
     1.2. “Pedir”, “buscar” e “bater”. Jesus usa esses três verbos em sequência para
descrever a atitude dos seus discípulos em
relação à oração. Eles deveriam colocar os
pedidos nesta ordem dramática crescente:
primeiro, pede; depois, busca; por fim, bate. 
   Buscar é uma atitude mais fervorosa
ainda que pedir; e bater já é um ato de maior
dramaticidade, quase de desespero. Em outras
palavras, Jesus está dizendo aqui: “Não pare
de clamar! Peça”.
  Ora, por que Deus, às vezes, adia a
chegada das respostas que pedimos? Muitas
vezes porque ainda não é a hora de recebermos e também porque durante o processo em
que continuamos a pedir a Ele pela bênção,
o Altíssimo aperfeiçoará a nossa vida, para
que finalmente quando a bênção chegar, estejamos em condições de recebê-la. Dessa
forma, a oração não é apenas um meio para
recebermos algo de Deus, mas também um
dos meios pelos quais Deus nos prepara para
recebermos o que precisamos. 
    1.3. A certeza da bondade de Deus
estimula nossa perseverança.
Deus é bom
e, por isso, podemos nos aproximar dEle com
confiança, pelos méritos de Cristo, como seus
filhos, e pedirmos a Ele com humildade o que
precisarmos. É isso que Jesus afirma. Ele
estimula os seus discípulos a perseverarem
em oração, pedindo a Deus o que precisam,
justamente porque eles podem ter certeza de
que Deus deseja abençoá-los (Mt 7.7-11). O Pai
Celestial nos ouvirá justamente porque Ele nos
ama. Se até mesmo um pai, aqui na terra, por
mais imperfeito que seja, não daria pedra ao
seu filho que pede um peixe, muito mais o Pai
Celestial, que é bom e perfeito, dará a seus
filhos, a quem ama, o que realmente precisam
e pedem a Ele (Mt 7.11). 
    1.4. A “Regra de Ouro”. Jesus encerra
seu ensino sobre a bondade divina manifestada
através da sua busca em oração pelo crente
com o que tradicionalmente ficou conhecido
como “A Regra de Ouro”: “Portanto, tudo o
que vós quereis que os homens vos façam,
fazei-lho também vós” (Mt 7.12). E Ele ainda
acrescenta que esse princípio sintetiza toda “a
lei e os profetas” - ou seja, resume todos os
preceitos morais do Antigo Testamento. Esse
princípio, claro, ainda é válido para nós hoje. A
prática cristã não é nada menos do que isso. 

 AUXÍLIO TEOLÓGICO 1
 “ Havia falsos profetas nos tempos do
Antigo Testamento. Jesus prediz a vinda de
‘falsos cristos e falsos profetas’ (Mt 24.24) que desviarão a muitos. No tempo determinado, eles surgirão como se fossem anjos de luz, assim como Satanás faz. Entre
eles haveria judaizantes (2Co 11.13-15) e
protognósticos (1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1). No momento em que Jesus falava, já existiam os
falsos profetas (At 13.6; 2Pe 2.1). Por fora,
parecem ‘ovelhas’, mas por dentro são ‘lobos devoradores’, ávidos pelo poder, ganho
e orgulho. É uma tragédia que tais homens e
mulheres tenham reaparecido ao longo dos
séculos e sempre encontrem vítimas. Lobos
são mais perigosos do que cães e porcos”
(ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus &
Marcos à Luz do Novo Testamento Grego.
Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.93). 



2. ELE NOS OFERECE A
ESCOLHA DE DOIS CAMINHOS 
   2.1. Os dois caminhos e as duas
portas.
Já iniciando o final do seu sermão,
Jesus conclama seus discípulos e ouvintes de
forma geral a tomarem a decisão certa. E para
descrever a importância dessa decisão e os
perigos de confundi-la, Jesus usa a imagem
dos dois caminhos, que já fora usada antes
no Antigo Testamento (SI 1; Jr 21.8), sendo
que agora Ele acrescenta também as duas
portas: o caminho para perdição é espaçoso
e sua porta é larga, e o caminho para salvação
é apertado e sua porta é estreita (Mt 7.13,14). 
    2.2. Renúncia. Esses dois caminhos e
essas duas portas significam que o caminho
para salvação exige renúncia, enquanto o
caminho da perdição, não. Como bem define
o teólogo Myer Pearlman, “o caminho espaçoso é um caminho onde não há necessidade
de grande esforço para andar nele. Basta
abandonar-se à turba e ser levado por ela.
O homem, como criatura [espiritualmente]
caída, tende para o mal. E, satisfeito consigo
mesmo, consentindo nos costumes egoístas
da sociedade e no hábito do mal refinado,
deixando-os correr livremente, será levado por maligna correnteza à morte eterna. O
caminho é largo, porque ali se acham aqueles
entregues aos prazeres, sensuais, céticos,
ateus e criminosos. A destruição é o seu fim,
este determinado pela natureza do caminho. O
resultado lógico e inevitável será a destruição
da fé, do amor, da esperança e do caráter.
O fim do caminho é a dor da condenação
final da parte de Deus e o eterno banimento
de sua presença” (Mateus: O Evangelho do
Grande Rei, CPAD, p.41). 
    A expressão “porta” dá a ideia de início,
entrada. Logo, isso quer dizer que não só o
caminho para a perdição é espaçoso, como
a entrada a esse caminho é larga, cheia de
facilidades. Já a porta da salvação é estreita e
o caminho, apertado, pois exigem renúncia. O
resultado natural disso, como afirma o próprio
Jesus, é que poucos são os que tomam o caminho certo, e muitos são os que se perdem
pelo caminho destrutivo das facilidades. 

 AUXÍLIO DIDÁTICO 2 
“Falsos profetas ‘podem enganar algumas pessoas o tempo todo, e todas as pessoas por algum tempo, mas não todas as
pessoas o tempo todo’. Nosso Senhor ensina-nos a como reconhecê-los (Mt 7.15-18).
O fruto corresponde à árvore. A verdadeira
obra é produto do ser. De modo que, mais
cedo ou mais tarde, a natureza do falso profeta há de se revelar. Pode parecer verdadeiro no começo, mas os efeitos (frutos) do seu
ministério - a vida ou a doutrina manchada -
o trairão (At 8.13,18,23)” (PEARLMAN, Myer.
Mateus: O Evangelho do Grande Rei. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, p.43), 

3. A MENTIRA DOS
FALSOS PROFETAS 
    3.1. Os falsos profetas. Após alertar
sobre os dois caminhos, Jesus alerta sobre os falsos profetas, que são guias para o falso
caminho; são enganadores, falsos mestres,
lobos em pele de ovelha. E lobos devoradores
(Mt 7.15b) - ou seja, seu estrago é grande no
meio do rebanho que o acolhe, que lhe dá
ouvidos. Mas, como identificá-los? Como ter
certeza de que estamos na frente de um falso
profeta e não de um homem de Deus? Jesus
usou um critério bastante simples para isso:
o das duas árvores. 
    3.2. “Por seus frutos os conhecereis”:
os dois tipos de árvores. Segundo Jesus,
uma das melhores formas de identificar o falso
profeta é analisar os seus frutos. Uma árvore
boa não produzirá frutos maus, e uma árvore má
não produzirá frutos bons. Árvore má? Frutos
maus. Árvore boa? Frutos bons. Os frutos, aqui,
representam a conduta, as obras, as ações, as
atitudes das pessoas. Isto é, os falsos profetas
serão facilmente identificados quando olharmos
não para suas palavras lisonjeiras, mas para
suas atitudes, suas ações, sua forma de ser.
“Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.19). 
      3.3. “Corta-se e lança-se no fogo”. O
final do falso profeta e de seus seguidores é a
condenação eterna. As palavras de Jesus aqui
são claras: “toda a árvore que não dá bom fruto”
terá inevitavelmente esse fim (Mt 7.19). A não ser
que haja arrependimento e volta genuína para
Deus, todos que tomam esse caminho serão
condenados para sempre. Eis a seriedade e o
cuidado que devemos ter com falsos ensinos
e falsos mestres, que muitas vezes aparecem
com uma áurea de piedade absolutamente
falsa, enganando a muitos. Devemos conhecer bem a Palavra de Deus, buscar de Deus
o discernimento espiritual e estarmos atentos
para os frutos da pessoa para nos certificar de
que não estamos sendo enganados. 

 AUXÍLIO TEOLÓGICO 3
 “Os falsos mestres exteriormente parecem justos, mas ‘interiormente são lobos devoradores’ (Mt 7.15). Eles devem ser identificados pelos seus ‘frutos’. Os ‘frutos’ dos
falsos mestres consistem, principalmente,
no caráter dos seus seguidores (1 Jo 4.5,6).
O falso mestre produzirá discípulos que manifestarão as seguintes características: (1)
Serão cristãos professos, cuja lealdade é
dedicada mais a indivíduos do que à Palavra
de Deus (Mt 7.21); honram e servem a criatura mais do quê ao seu Criador (Rm 1.25);
(2) serão seguidores que se ocupam mais
com seus próprios desejos do que com a
glória e a honra de Deus. Sua doutrina será
mais antropocêntrica do que teocêntrica (Mt
7.21-23; 2 Tm 4.3); (3) serão seguidores que
aceitam doutrinas e tradições dos homens,
mesmo que isso contradiga a Palavra de
Deus (Mt 7.24-27; 1 Jo 4.6); (4) serão seguidores que buscam mais as experiências
religiosas e as manifestações sobrenaturais
do que a Palavra de Deus e seus padrões de justiça; a sua experiência religiosa ou manifestações espirituais são a sua autoridade
final quanto à autenticidade da verdade (Mt
7.22,23), e não todo o conselho da Palavra de Deus; (5) serão seguidores que não
suportarão a são doutrina, mas procurarão
mestres que lhes ofereçam a salvação, em
conjunto com o caminho largo da injustiça
(Mt 7.13,14,23; 2 Tm 4.3)” (STAMPS, Donald
(Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p.1399). 

CONCLUSÃO 
No mundo de hoje, reina o relativismo.
As pessoas não gostam muito de definições
claras, de certo e errado, bom e mal. Tudo é
muito turvo, impreciso. Porém, o Evangelho é
diferente: há bem e mal, certo e errado, céu
e inferno, acerto e erro, luz e trevas. Há dois
caminhos, duas portas, duas alternativas. Cabe
a nós tomarmos o caminho certo, entrarmos
pela porta certa e permanecermos nesse caminho. Mas, não só isso. Não tenhamos receio
de pregar a mensagem objetiva do Evangelho
a este mundo de incertezas, de indefinições,
de flexibilidade moral, de valores invertidos. A
luz do Evangelho tem o poder de dissipar as
trevas e trazer para a luz todos aqueles que
estavam profundamente imersos nelas.





VERIFIQUE O SEU
APRENDIZADO 
1 . 0 que Jesus invocou como base para nossa
perseverança em oração? 
 A bondade do Pai celestial.

C.. Qual é a chamada “Regra de Ouro”, ensinada por Jesus? 
 O resumo do espírito da lei e dos profetas
proferido por Jesus: “Portanto, tudo o que vós
quereis que os homens vos façam, fazei-lho
também vós” (Mt 7.12). 

3 . O que significam os caminhos apertado e
espaçoso, e as portas estreita e larga, citadas
por Jesus? 
 Significam que o caminho para salvação
exige renúncia, enquanto o caminho da perdição, não. A expressão “porta” dá a ideia de
início, entrada. Logo, ela quer dizer que não só
o caminho para a perdição é espaçoso, como
a entrada para esse caminho é larga, cheia de
facilidades. Já a porta da salvação é estreita
e o caminho, apertado, pois exigem renúncia.

 4 . Como identificar um falso profeta? 
 Pelos seus frutos: obras, ações, atitudes. 

5. Qual será o destino do falso profeta e de
seus seguidores? 
 A condenação eterna (Mt 7.19).

Postar um comentário

Faça seu comentário sua opinião é muito importante

Postagem Anterior Próxima Postagem