Martelo À Desafio · Raimundo Caetano & Severino Ferreira



Raimundo Caetano & Severino Ferreira

No nosso povo que assiste cantoria não quer ver cantado cantando frio 
Pede logo o martelo a desafio pra saber quem dos dois tem valentia 
Você diz que matéria de poesia tem a força dos braços de sanção 
Na coragem super o lampião quem zombado e você tomba na cova
E nesse teste que eu faço eu tira a prova se Raimundo Caitano é valentão.

E melhor da um beijo num leão e enfrentado duas onças numa briga
Se deitar numa cama com ortiga peca com abraça em nada com mamão
Bebe água salgada com sabão acende lamparina sem pavio
Numa barca furada entrar num rio toma sopa de fato de urubu
Abraçar um cardeiro e dança nu que rime e enfrentar num desafio.

Esse homem nasceu pra ser vadio vagabundo pilantra e mequetrefe
E o comercio de droga ele foi chefe 5 vezes foi preso lá no rio
De um pesco de feita eu desconfio que acompanha a conduta do rapaz
Sem desbuso dos meios sociais achou chato vivebe de desmola
E enfrentou essa história de viola foi preguiça no lombi nada mais.

Você vive ocupando os federais com seu porte feliz de vagabundo
O pilantra mais rindo submundo chefeando quadril e marginais
Acho até que Isabel errou demais garantina você a liberdade
Você era pra estar detrás da grade um argola prendendo calcanhar
E a senzala seria um bom lugar para o nego da sua qualidade.

Deus é pai, isso prima mas já está de foi do clobo ter resto e o criador
Teto o homem o capricho e o valor não dá pele do corpo a qualidade
Mas você por não que mentalidade vem tratando aqui com preconceito
Só que branco o linho vai ter direito de domar esse don que Deus me deu
 De ser homem sincero como eu e me nascer repentista do meu jeito.

Ele quer se herói mas não tem jeito de enganando as plateias onde passa
Se mostra-lhe dois litros e de cachaça o contrato da festa já está feito
Cada verso que faz tem um defeito quando dá uma pisa leva sem
Só no prato não perde pra ninguém por macheio que esteja ele esvazia
Pra o tamanho da sua cantoria você tem se saído muito bem.

Esse homem fugiu da funa bem quando tinha um 8 ou 9 anos e enquadroce
É um bloco de cigano e saqueando bodega e armazém
A ideia surgiu não sei de quem disputar na cabeça desse mundo
Que cantando repente ele é profundo e o nojento só canto que decora
A viola tem cedo até agora o milhão ganha pão pra rogar pão.

Resolvi a partir desse segundo procurar outra rota outro destino
Já que o povo sentiu que severino cantar quem me repete de Raimundo
Não me serve bater no moribundo que estava exacero e do cachão
Não achei o poder da reação mas bancadas que deixa ir à toa
Como o homem até que a gente bomba só não sou biscoileira profissão.
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