Adultos 2° Trimestre de 2025
27 de Abril de 2025.
TEXTO PRINCIPAL
“O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão.” (Pv 18.24)
RESUMO DA LIÇÃO
No relacionamento entre Davi e Jônatas temos um grande exemplo de uma amizade inspiradora e edificante.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Rm 8.38.39 Jesus, o nosso melhor amigo
TERÇA – Lc 15.11-32 Escolhas imprudentes
QUARTA – Ec 4.10 O valor do companheirismo
QUINTA – Pv 13.20 As boas e más influências
SEXTA – SL 119.37 O perigo da ilusão
SÁBADO -1 Co 15.33 As más companhias
OBJETIVOS
CONSIDERAR a amizade inspiradora de Davi e Jônatas;
EVIDENCIAR os aspectos de uma amizade edificante;
DIMENSIONAR os perigos das amizades virtuais.
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo vamos tratar a respeito de um tema importante para os jovens: a amizade. Faremos uma análise da história de Davi e Jônatas. Veremos dois personagens com histórias bem antagônicas: Davi, filho de Jessé, pastor de ovelhas: Jônatas, filho de Saul, educado na corte. Mas será que eles tinham algo em comum? Sim. Eles temiam a Deus, eram fiéis aos seus princípios e cultivavam uma inspiradora amizade. No decorrer da lição, enfatize que devemos sabiamente escolher nossas amizades e companhias, pois elas exercem grande influência sobre nossas vidas. Esse será o fio condutor de nossas reflexões.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Ao estudarmos a amizade entre Davi e Jônatas, nos deparamos com uma questão muito delicada e pouco comentada: “Como Jónatas deveria reagir e se relacionar com o pai diante de tantas diferenças?” Veremos que ele continuou honrando o pai, apesar das divergências. Infelizmente, entre os jovens, há uma tendência adiante de qualquer discordância com os pais, iniciar discussões. Embates que vão desde os mais leves até os mais descabidos evoluindo até à prática de afrontas, desrespeito e desonra. Com os seus alunos, promova uma conversa buscando listar formas de lidar com os pais em momentos de discordância (ou ainda de proibições) sem faltar com o princípio de honrá-los (Ef 6.2). É interessante que, nessa lição onde falamos de amizades e relacionamentos, podermos fazer esse paralelo com a relação “pais e filhos”. Nos pais encontramos nossos primeiros relacionamentos e aprendemos como é querer bem ao próximo.
TEXTO BÍBLICO
1 Samuel 18.1-6
1 E Sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jónatas se ligou com a alma de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma
2 E Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que se tornasse para casa de seu pai.
3 E Jônatas e Davi fizeram aliança porque Jônatas o amava como à sua própria alma
4 E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto
5 E saía Davi aonde quer que Saul o enviava e conduzia-se com prudência e Saul o pôs sobre a gente de guerra, e era aceito aos olhos de todo o povo e até aos olhos dos servos de Saul.
6 Sucedeu, porém, que, quando Davi voltava de ferir os filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e em danças, com adufes, com alegria e com instrumentos musicais.
INTRODUÇÃO
Nessa lição falaremos sobre a amizade tendo como foco de análise a história de Davi e Jônatas. O primeiro, filho de Jessé, cresceu pastoreando ovelhas O segundo, filho de Saul, foi educado na corte sendo preparado para a guerra e para o poder. Em comum, temiam a Deus, eram fiéis aos seus princípios e cultivavam uma inspiradora amizade. Devemos saber escolher nossas amizades e companhias, pois elas exercem grande influência sobre nossas vidas. Esse será o fio condutor de nossas reflexões. Bons estudos.
1- UMA AMIZADE INSPIRADORA
1- Quem era Jónatas? Quando Jônatas entra em cena (1 Sm 13.3). já é um comandante de tropas do exército de Israel e pouco se sabe sobre sua infância. No entanto, podemos imaginar como deve ter sido: nascido na corte, filho do rei, cercado de privilégios e educado da forma mais assertiva para os futuros desafios de um possível rei. Era um guerreiro ousado e corajoso, tendo participação decisiva em muitos conflitos e trazendo vitórias importantes para o reino (1 Sm 14.1-15). A essa altura, Jônatas era uma unanimidade em Israel sendo admirado e naturalmente pretendido por muitos como sucessor de Saul. Algo que nos chama a atenção é o fato de que a fé, o caráter, as qualidades, a bondade e o senso de justiça encontrados em Jónatas contrastam de forma impressionante com a ausência desses destaques em seu pai, o rei Saul. Mesmo sendo diferente do rei em muitos aspectos. Jonatas foi fiel ao seu pai até o fim quando, juntos, tombaram no campo de batalha. Mesmo quando apoiava e socorria a Davi, sempre buscou honrar o pai e convencê-lo de que no belemita não havia uma ameaça, mas sim, um forte e fiel aliado. Um detalhe importante para conhecermos melhor Jônatas pode ser observado a partir do momento em perceberam em Davi o ungido do Senhor. Enquanto Saul se revoltou profundamente e começou a prossegui-lo com intenção de vê-lo morto. Jônatas aceitou honradamente o direito de Davi ao trono. O filho de Saul percebeu nitidamente a realidade que estava diante de seus olhos (1 Sm 18.1-4).
2- Saul ou Davi, eis a questão!
3- Uma amizade que não foi esquecida.
SUBSÍDIO 1
Professor(a), explique que “as verdadeiras amizades não cedem às conveniências ou pressões do momento Amigo que muda de lado facilmente, ao sabor dos seus interesses, não é amigo verdadeiro. A amizade de Rute e Noemi mostrou-se realmente profunda e surpreendente. Salomão escreveu O amigo ama em todos os momentos é um irmão na adversidade (Pv 17.17-NVII). No período da monarquia judaica, temos o belo exemplo da amizade entre Davi e Jônatas (1 Sm 18.1) a despeito da fúria do rei Saul A disposição de Jónatas em ser amigo de Davi mostrou-se mais forte que as injustas investidas do seu pai (1 Sm 20:1-4). Rute também estava disposta a enfrentar toda e qualquer dificuldade em nome do sentimento que devotava a Noemi. As expressões ‘onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu e ‘onde quer que morreres, morrerei eu (Rt 1.16.17) demonstram o grau de companheirismo e comprometimento da jovem moabita, que não ficou somente em palavras, mas transformou-se em atitudes concretas por toda a vida Em dias de tanto individualismo, uma reflexão que precisamos fazer é quanto ao nível de nossos relacionamentos. O sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), que muito escreveu sobre modernidade líquida costumava apontar para as fragilidades das amizades atuais que são tão múltiplas e mostram-se tão ‘quentes no ambiente virtual, mas que são tão poucas e incrivelmente frias na vida real. O tipo de companheirismo e comprometimento de Rute às vezes não é visto nem mesmo no ministério da igreja. O cristão tem o imperativo de amar uns aos outros (Jo 13:34), combustível indispensável para amizades verdadeiras e duradouras”
(QUEIROZ, Silas. O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família Rio de Janeiro CPAD 2024 pp 39-40)
II- AMIZADES QUE EDIFICAM
1- Uma amizade que agradou ao Senhor. A amizade entre Davi e Jônatas nos ensina lições preciosas. Foi uma amizade que agradou ao Senhor, sendo edificante para ambos, permitindo que muitas vidas fossem abençoadas e estava em conformidade com a vontade de Deus. Essa amizade transcende a esfera pessoal e, pelo significado e relevância, se tornou em um verdadeiro compromisso com Deus. Quando buscamos amizades dentro dos padrões bíblicos, somos levados a uma verdadeira edificação em diversos sentidos, desde afetivos, psicológicos, espirituais, entre outros. A Bíblia nos traz muitos exemplos fiquemos com dois: Noemi e Rute com sua comunhão, companheirismo e fé (Rt 1.16); Paulo e Silas com a unidade de propósitos em prol da obra missionária (At 15.40-41).
2- A força da amizade verdadeira.
3- O cristão e as amizades.
SUBSÍDIO 2
“A amizade que Jesus nutre para com os três irmãos, Lázaro, Marta e Maria, é um exemplo de valor para que tenhamos amizades sinceras. No caso desses três irmãos, a amizade tinha um caráter especial, porque Jesus era o amigo que eles precisavam em todas as circunstâncias de suas vidas. Todos sabemos que a amizade é um dos bens mais preciosos que uma pessoa pode usufruir em sua vida. As lições que aprendemos com a família de Marta, Maria e Lázaro ao hospedar Jesus e seus discípulos são da maior importância para o contexto da vida cotidiana. Tanto Lucas quanto João relatam em seus Evangelhos um pouco da história dessa família que recebe Jesus em seu lar. Naturalmente, não era somente essa família que recebe Jesus com atenção e hospitalidade, mas no caso de Marta, Maria e Lázaro, a história ganha um sentido especial A amizade de Jesus com essa família era um conforto especial porque seus irmãos, por não compreenderem a sua missão, o rejeitavam e o criticavam. Na última semana antes da sua morte, foi nessa casa que Jesus foi confortado e encontrou amizade sincera. O texto bíblico diz que Jesus e seus discípulos estavam de caminho para Jerusalém indo para a Festa da Dedicação dos judeus. Jesus aproveitou a oportunidade da viagem para visitar seus amigos na vila de Betânia. Na verdade, os três irmãos haviam descoberto em Jesus a resposta a todas as suas dúvidas, e entenderam que a sua relação com Ele deveria ser algo mais que mera relação social de hospitalidade. Entenderam que Jesus deveria ser recebido em sua casa com muito mais fidalguia do que um hóspede importante Eles viam em Jesus um verdadeiro amigo da família. Havia nessa amizade um elemento mais forte do que mera religiosidade, pois Jesus, o Filho de Deus, era real e estava em sua casa. (CABRAL Elienai Relacionamentos em Família. Rio de Janeiro CPAD 2023, pp. 219-223)
III- AMIZADES VIRTUAIS
1- A fragilidade das relações virtuais. Nas telas, podemos nos conectar com um número praticamente incalculável de pessoas em todo o mundo. Desde um grupo de amigos” mais seleto” em aplicativos até uma imensidão de seguidores difícil de mensurar, nas redes sociais, os relacionamentos virtuais, independente de seus claros benefícios na comunicação, são fortemente provocadores da fragilidade nas relações humanas. Entre os fatores que levam a essa fragilidade, temos a ilusão de intimidade (uma armadilha para os mais vulneráveis; os relacionamentos superficiais (um campo fértil para relações falsas), a solidão (um vazio existencial em meio à multidão) o distanciamento da realidade (uma visão desconexa e enviesada do real) a idealização da imagem corporal (uma frustração com o próprio corpo levando a desconfortos psíquicos), os problemas emocionais (um reflexo das distorções de conceitos diante da ausência de vínculos saudáveis), os perigos (um campo aberto à fake news, fraudes. perseguições e bullying) entre outros. Os amigos virtuais não conseguem suprir necessidades naturais do ser humano e, por isso, a prevalência desse tipo de relação é sempre insuficiente. Essas relações frágeis enfraquecem a capacidade de lidar com as complexidades humanas pois promovem uma ilusão de estarmos sempre acompanhados e amparados enquanto, na verdade, estamos carentes da presença humana.
2- Comportamento de rebanho.
3- Identidades em crise.
SUBSÍDIO 3
“É necessário saber utilizar o trigo, desprezando o joio dos meios de comunicação, ou aproveitar o peixe e jogar fora as espinhas. Temos o direito de examinar tudo o que ocorre em nosso redor, mas só temos o dever de reter, ou aproveitar, o bem, ou o que é bom, útil edificante e desejável para a vida do servo ou da serva de Deus (1 Co 6.12: 10.23). Nem tudo é lixo nos meios de comunicação. Há muita coisa útil até mesmo para a vida cristã Hoje, na Internet, encontram-se inúmeros sites que disponibilizam estudos bíblicos e mensagens que, antes, ficavam ao alcance apenas dos professores, nas escolas teológicas, ou dos pastores, nos púlpitos” (LIMA, Elinaldo Renovato de Perigos da Pós-modernidade Rio de Janeiro CPAD, 2007 p.166)
CONCLUSÃO
O maior amigo que podemos ter é sem dúvida nenhuma, Jesus. O Mestre deu a sua vida para nos salvar e, nos desafios da vida jamais nos desampara Ao longo dos Evangelhos somos agraciados com exemplos maravilhosos deixados por Jesus acerca da verdadeira amizade. Sigamos tais exemplos e sejamos a todo tempo, amigos edificantes e canais da bênção na vida dos que conosco caminham.
HORA DA REVISÃO
1- Diante da amizade com Davi, qual a postura de Jonatas com Saul?
Jonatas foi fiel ao seu pai até o fim. Mesmo quando apoiava e socoma a Davi, sempre buscou honrar o pa e convencê-lo de que no belemita não havia uma ameaça, mas sim um forte e fiel aliado
Foi uma amizade que agradou ao Senhor, foi edificante para ambos permitiu que muitas vidas fossem abençoadas e estava em conformidade com a vontade de Deus Essa amizade transcende a esfera pessoal e, peto significado e reto-vivencia, se tomou em um verdadeiro compromisso com Deus
Através de conversas sobre projetos objetivos e vocação do estudo bíblico compartilhado das orações de um pelo outro ou ainda por temas em comum da motivação e do acolhimento do amigo no momento certo das trocas de percepções sob uma cosmovisão cristã do incentivo quanto ao crescimento na fé e outras tantas possibilidades
A partir de sua relação com o Senhor e com o seu semelhante. Essa relação com Deus é um reflexo natural do ato da criação do homem por Deus levando-o a uma responsabilidade glorificadora ao agir no mundo e cumprir sua missão.