Gálatas 3.
17: Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.
Esse versículo é central para compreendermos que a promessa feita por Deus a Abraão permanece firme e não pode ser anulada nem mesmo pela Lei que veio séculos depois. A promessa não era condicional à obediência da Lei mosaica, mas baseada na fé e na graça divina.
A Promessa a Abraão
A aliança com Abraão foi feita com base na fé. Deus prometeu abençoar todas as nações por meio da descendência de Abraão — e essa descendência é Cristo (Gálatas 3.16). Essa promessa foi feita muito antes da entrega da Lei a Moisés no Sinai, e ela tem caráter eterno, pois foi confirmada por Deus.
Assim, Paulo defende que a Lei não tem o poder de anular ou substituir essa promessa. A Lei teve um propósito específico e temporário, mas não interfere na herança prometida pela fé.
O Papel da Lei
A Lei foi dada quatrocentos e trinta anos depois da promessa a Abraão (Êxodo 12.40). Ela teve um papel importante: mostrar o pecado e conduzir as pessoas à necessidade de um Salvador. Porém, ela nunca teve a função de produzir salvação ou de ser o caminho definitivo para a justificação diante de Deus.
Ao contrário da promessa, que depende da graça, a Lei revela a transgressão e aponta para a justiça perfeita que só é encontrada em Cristo. Paulo argumenta que a justificação vem pela fé, não por obras da Lei (Gálatas 3.11).
A Promessa Continua em Cristo
Cristo é o cumprimento da promessa feita a Abraão. Por meio dEle, todos os que creem se tornam herdeiros segundo a promessa (Gálatas 3.29). Isso inclui judeus e gentios, mostrando que a salvação é universal e acessível pela fé, não por obras.
Portanto, Gálatas 3.17 nos ensina que a aliança da fé permanece inabalável. A Lei não invalida a promessa, pois Deus é fiel ao que prometeu. A salvação sempre foi e sempre será pela fé — e essa é a grande verdade do evangelho revelada por Paulo.