
Aqui, Paulo não está apenas questionando, mas desafiando aqueles que desejavam se justificar por meio da Lei de Moisés. Ele aponta uma incoerência: muitos que queriam viver pela Lei sequer compreendiam seu real conteúdo e propósito.
A Lei como símbolo de aliança
Paulo, no contexto desse capítulo, faz uma analogia com os filhos de Abraão: Isaque e Ismael. Ele mostra que Ismael nasceu segundo a carne, representando a antiga aliança (a Lei), enquanto Isaque nasceu segundo a promessa, simbolizando a nova aliança em Cristo.
A pergunta de Paulo visa destacar que aqueles que se apegam à Lei estão, na verdade, escolhendo a escravidão espiritual, representada por Hagar e o Monte Sinai. Já os que vivem pela fé estão ligados à promessa, à liberdade, e à Jerusalém celestial.
Seguir sem compreender: um erro comum
Paulo critica aqueles que desejam seguir regras sem compreender o espírito por trás delas. Isso é comum até hoje: muitas pessoas defendem normas e tradições religiosas sem conhecer sua origem ou seu sentido. Gálatas 4.21 continua atual, pois desafia qualquer pessoa que adota práticas religiosas sem um entendimento profundo da Palavra de Deus.
A fé como fundamento da nova aliança
A mensagem central de Gálatas é clara: a salvação vem pela fé, não pela Lei. A Lei teve seu papel como aio (tutor), conduzindo até Cristo, mas não pode justificar ninguém. Cristo cumpriu toda a Lei e estabeleceu uma nova aliança, baseada na graça e na fé.
Conclusão: Conheça antes de defender
O chamado de Paulo é simples, mas profundo: se você quer seguir a Lei, pelo menos leia-a!. Esse versículo nos lembra que toda escolha religiosa deve ser feita com conhecimento e entendimento. Mais que seguir regras, o cristão é chamado a viver pela fé, pela promessa e pela liberdade que há em Cristo.