Os judaizantes ensinavam a Lei, mas não a guardavam

Gálatas 6.
13: Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne.

O contexto da carta aos Gálatas

Na carta aos Gálatas, Paulo combate o ensino dos judaizantes, um grupo que insistia em impor a observância da Lei mosaica e da circuncisão aos cristãos gentios. Esses mestres perturbavam as igrejas, pregando que a fé em Cristo não era suficiente para a salvação. Paulo, então, reafirma que a justificação vem somente pela fé em Jesus, e não pelas obras da Lei.

A incoerência dos judaizantes

Em Gálatas 6.13, Paulo denuncia a contradição dos judaizantes: “Porque nem mesmo os que se deixam circuncidar guardam a Lei, mas querem que vos circuncideis para se gloriarem na vossa carne.” Essa afirmação mostra que eles exigiam dos outros uma obediência que eles mesmos não praticavam. Era uma religião de aparência, sem compromisso verdadeiro com Deus.

A busca pela glória humana

Os judaizantes não buscavam a glória de Deus, mas reconhecimento humano. Desejavam se gloriar na carne dos que se submetiam à circuncisão, como se isso fosse uma conquista pessoal. Para eles, cada convertido ao judaísmo era motivo de orgulho, mas não de verdadeira edificação espiritual. Paulo denuncia essa motivação carnal, mostrando que a fé cristã não se baseia em vanglória, mas na cruz de Cristo.

A inutilidade da circuncisão sem obediência

A circuncisão, que deveria ser um sinal de aliança, tornou-se para os judaizantes apenas um símbolo vazio. Paulo lembra que não adianta exigir rituais se o coração não está em obediência a Deus. A Lei exigia perfeição, e nenhum homem foi capaz de cumpri-la plenamente. Por isso, Cristo veio para cumprir a Lei e oferecer salvação pela graça, não pelo esforço humano.

O contraste com a vida em Cristo

Enquanto os judaizantes se vangloriavam em ritos externos, Paulo afirma que sua glória está apenas na cruz de Cristo (Gl 6.14). Para o apóstolo, a verdadeira marca do cristão não é a circuncisão, mas a nova criação operada pelo Espírito Santo. A vida cristã não se baseia em aparências religiosas, mas em transformação interior e prática do amor.

Conclusão

Gálatas 6.13 nos alerta contra a hipocrisia religiosa e a busca de glória humana. Os judaizantes ensinavam a Lei, mas não a guardavam, exigindo dos outros o que eles mesmos não praticavam. O cristão, ao contrário, deve viver pela fé em Cristo, gloriando-se apenas na cruz. A verdadeira espiritualidade não está em ritos, mas em uma vida transformada pela graça de Deus.

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