
A Paciência de Deus com o Seu Povo
Antes da destruição final, Deus demonstrou grande paciência com Judá. O versículo 15 destaca que o Senhor enviava mensageiros constantemente, movido por compaixão por seu povo e pelo templo. Profetas como Jeremias advertiram sobre a necessidade de arrependimento. Contudo, em vez de ouvir, os líderes e o povo zombavam da Palavra, desprezando a correção divina. Esse desprezo revela a dureza do coração humano e como a misericórdia de Deus não deve ser confundida com impunidade.
A Rejeição à Voz dos Profetas
O versículo 16 mostra que os habitantes de Jerusalém não apenas ignoraram os profetas, mas também os ridicularizaram e zombaram deles. Isso se tornou uma ofensa grave, pois quem rejeita os mensageiros rejeita o próprio Deus. Essa atitude de rebeldia acumulou a ira divina até que não houvesse mais remédio. A rejeição persistente à palavra do Senhor levou ao ponto sem retorno.
O Juízo de Deus por Meio da Babilônia
O texto relata que Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio contra Jerusalém. O exército babilônico não teve piedade: matou jovens e idosos, homens e mulheres, sem distinção. O templo foi saqueado e incendiado, os muros da cidade foram derrubados, e tudo o que era precioso foi levado para a Babilônia. A cidade santa, que deveria ser testemunho da presença de Deus, agora estava em ruínas, cumprindo-se assim a palavra dos profetas.
O Exílio e o Cumprimento da Profecia
Os sobreviventes foram levados para o cativeiro babilônico, tornando-se servos do rei e de seus filhos até o domínio persa. Esse exílio foi mais do que uma tragédia política: foi um juízo espiritual. O texto ressalta que a terra desfrutou dos seus sábados durante os setenta anos de cativeiro, conforme havia sido profetizado por Jeremias (Jr 25.11-12; 29.10). Isso demonstra que a palavra do Senhor é fiel e que Ele cumpre tanto suas promessas de bênção quanto de disciplina.
Conclusão
A queda de Jerusalém em 2 Crônicas 36.15-21 mostra que a desobediência persistente e o desprezo pela Palavra de Deus trazem consequências inevitáveis. Mesmo após repetidas advertências, o povo não se arrependeu, e o juízo se cumpriu. Contudo, até mesmo nesse cenário de ruína, vemos a fidelidade divina, pois o exílio não seria eterno, mas parte de um plano maior de restauração.