A oração de Estêvão

Estêvão, cheio do Espírito, orou: entregou seu espírito a Jesus com fé e coragem, confiando totalmente na presença e poder do Senhor.
Atos 7.
59: E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.

1. Introdução ao Contexto

Estêvão, um dos primeiros diáconos da igreja primitiva, é confrontado com o martírio por sua fé e testemunho em Jerusalém. Sua oração final revela não apenas sua fé firme, mas também a sua entrega completa ao Senhor, mesmo diante da morte.

2. “Em Espírito”: A Dimensão da Oração de Estêvão

O texto enfatiza que Estêvão orava “em espírito”, indicando uma oração profunda e espiritual, guiada pelo Espírito Santo. Essa expressão sugere que seu espírito estava conectado diretamente a Deus, transcendendo o sofrimento físico e a violência ao redor.

Orar “em espírito” significa:

  • ter intimidade com Deus,

  • depender do poder divino para expressar fé,

  • e alinhar seu coração com a vontade de Cristo.

Estêvão demonstra que a verdadeira oração não depende das circunstâncias externas, mas de uma vida espiritual enraizada em Deus.

3. O Conteúdo da Oração: Entrega Total

A oração de Estêvão contém duas declarações fundamentais:

a) Reconhecimento da autoridade de Jesus

Ao dizer “Senhor Jesus”, ele reconhece Cristo como Senhor soberano, digno de honra e poder, mesmo diante de seus perseguidores.

b) Entrega do espírito

“Recebe o meu espírito” é uma declaração de confiança absoluta. Estêvão entrega sua própria vida e essência espiritual nas mãos do Senhor, mostrando que o crente não teme a morte quando está seguro na presença de Cristo.

Essa oração ecoa a oração de Jesus na cruz (Lc 23.46), revelando a continuidade da confiança total em Deus mesmo diante do sofrimento extremo.

4. Significado Teológico e Pastoral

A oração de Estêvão é um modelo de fé madura e coragem cristã. Ela nos ensina que:

  • A oração fortalece diante da perseguição.

  • Entregar-se completamente a Deus é o maior ato de confiança.

  • A presença de Cristo dá paz e coragem, mesmo na morte.

Além disso, sua oração inspira os cristãos a buscarem intimidade espiritual, a viverem sem medo e a colocarem a vida nas mãos de Deus.

5. Conclusão

Atos 7.59 nos mostra que a oração pode ser poderosa mesmo na adversidade. Estêvão, cheio do Espírito Santo, orou com coragem, entrega e confiança. Seu exemplo nos desafia a orar em espírito, confiando que Deus recebe nosso espírito e nos sustenta em todas as situações da vida, mesmo diante do martírio.