Nabucodonosor invade Jerusalém

O capítulo 25 de 2 Reis registra um dos episódios mais sombrios da história de Judá: a invasão final de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e a completa queda de Jerusalém. O texto de 2 Reis 25.1-5 descreve o início desse cerco, sua progressão e a fuga desesperada do rei Zedequias.
O Cerco Começa (v.1)
No nono ano do reinado de Zedequias, no décimo mês, Nabucodonosor marchou contra Jerusalém com todo o seu exército. A cidade, já enfraquecida politicamente, espiritualmente e economicamente, encontrava-se isolada. O cerco foi uma estratégia cruel e eficiente: cercar completamente a cidade, impedindo a entrada de suprimentos.
Jerusalém ficou sitiada, sem alimentos e sem possibilidade de reforços. Deus já havia alertado repetidamente pela boca dos profetas — Isaías, Jeremias, Ezequiel — que isso aconteceria caso o povo persistisse na idolatria e na rebeldia. Agora a Palavra do Senhor se cumpria com precisão.
A Muralha é Fechada e o Povo Enfraquece (v.2)
O cerco durou até o décimo primeiro ano de Zedequias: dois anos de fome, pânico e desespero. Nada entra, nada sai. O pão falta; a água é racionada; a população sofre; mães veem seus filhos morrerem. O castigo anunciado estava sendo derramado sobre a nação que rejeitou o Senhor repetidamente.
A resistência de Jerusalém não se dava pela força militar, mas pela esperança de que Deus tivesse misericórdia — mas era tarde. O julgamento divino se manifestava exatamente como descrito pelos profetas.
A Brecha na Cidade e a Fuga Noturna (v.4)
Finalmente, uma brecha foi aberta no muro. Babilônia avançava, e não havia mais como segurar. Zedequias, temendo ser capturado, tentou fugir com seus soldados à noite, passando pelo jardim do rei e pela porta entre os dois muros. A fuga seguia pela rota do Arabá, em direção ao deserto, tentando escapar para Jericó.
O rei, que deveria ser exemplo de fidelidade e liderança espiritual, agora foge às escondidas — símbolo da decadência moral e espiritual do povo.
A Captura de Zedequias (v.5)
A esperança de fuga durou pouco. O exército caldeu perseguiu e alcançou Zedequias nos campos de Jericó. Ele foi levado à presença de Nabucodonosor, onde recebeu julgamento severo. A fuga fracassada marcou o fim da dinastia davídica no trono de Judá até a vinda do Messias, o verdadeiro Filho de Davi.
Conclusão
2 Reis 25.1-5 é uma lembrança solene de que a desobediência deliberada traz consequências inevitáveis. O cerco e a queda de Jerusalém revelam a seriedade da santidade divina e a necessidade de fidelidade à Palavra de Deus. Mas, ao mesmo tempo, apontam para a promessa futura de restauração em Cristo, o Rei eterno que nunca abandona Seu povo.