O QUE É DUALISMO

O que é dualismo? Essa é uma pergunta que muitas pessoas se fazem quando se deparam com esse termo filosófico. Dualismo é a doutrina que afirma que a realidade é composta por dois princípios ou substâncias distintas e irreconciliáveis, como mente e matéria, bem e mal, espírito e corpo, etc. O dualismo se opõe ao monismo, que defende que há apenas um princípio ou substância fundamental na realidade.

O dualismo tem origem na filosofia antiga, especialmente na obra de Platão, que concebia o mundo como dividido entre o mundo sensível, onde habitam as coisas imperfeitas e mutáveis, e o mundo inteligível, onde residem as ideias perfeitas e imutáveis. Platão também defendia que o ser humano era composto por uma alma imortal e racional, que pertencia ao mundo inteligível, e um corpo mortal e sensível, que pertencia ao mundo sensível.

O dualismo foi retomado na filosofia moderna por René Descartes, que propôs a distinção entre res cogitans (coisa pensante) e res extensa (coisa extensa). Para Descartes, a mente era uma substância imaterial, independente do corpo, capaz de pensar e conhecer a verdade. O corpo, por sua vez, era uma substância material, sujeita às leis da física, que podia ser estudada pela ciência. Descartes enfrentou o problema de explicar como a mente e o corpo interagiam entre si, já que eram substâncias tão diferentes.

O dualismo também pode ser encontrado em outras áreas do conhecimento, como na psicologia, na religião, na ética e na política. Em geral, o dualismo implica em uma visão dicotômica da realidade, que tende a valorizar um dos polos em detrimento do outro. Por exemplo, o dualismo religioso pode levar a uma oposição entre o sagrado e o profano, o dualismo ético pode levar a uma oposição entre o bem e o mal absoluto, e o dualismo político pode levar a uma oposição entre direita e esquerda.

O dualismo é uma forma de compreender a realidade que tem suas vantagens e desvantagens. Por um lado, ele pode facilitar a análise e a classificação dos fenômenos, ao estabelecer critérios claros de distinção. Por outro lado, ele pode limitar a compreensão da complexidade e da diversidade da realidade, ao ignorar as nuances e as interações entre os diferentes aspectos da mesma.

por:pb ivaldo fernandes

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