Atos 4.
25: Que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram os gentios, e os povos pensaram coisas vãs?
1. Contexto: A oração da igreja primitiva diante da perseguição
Após a prisão de Pedro e João, os irmãos se unem em oração, reconhecendo que Deus está no controle da situação. No versículo 24, eles declaram que o Senhor é o Criador dos céus e da terra, e no versículo 25 citam a promessa feita por Deus através dos profetas, especialmente referindo-se a Jesus como o Ungido, o Rei prometido na linhagem de Davi.
2. A promessa abraâmica e messiânica
A referência a “tu o fizeste reinar” aponta para o cumprimento da promessa feita a Abraão, que em sua descendência todas as nações seriam abençoadas (Gênesis 12.3). Essa promessa se concretiza em Jesus Cristo, o Messias, que reina para sempre. A igreja primitiva reconhece que a obra de Cristo não é acidente, mas parte do plano eterno de Deus revelado desde os tempos antigos.
3. “O ungiste” — O Messias esperado
O termo “ungido” (Messias) destaca Jesus como o escolhido por Deus para cumprir a missão redentora. Essa unção não é apenas para reinar, mas também para salvar e restaurar o povo. Em Atos 4.25, essa unção confirma Jesus como o legítimo Rei e Salvador, dando à igreja a segurança de que sua fé está firmada no plano divino.
4. O desígnio de Deus e o cumprimento das Escrituras
Os apóstolos reconhecem que os acontecimentos, incluindo a crucificação de Jesus, fazem parte do desígnio soberano de Deus. Nada escapa ao controle divino, e as Escrituras se cumprem fielmente, incluindo as profecias sobre o sofrimento, morte e vitória do Messias.
5. Implicações para a Igreja hoje
Essa oração fortalece a fé da igreja diante das adversidades, mostrando que a obra de Deus é fiel e eterna. A Igreja é chamada a confiar no plano divino, proclamando Jesus como Rei e Ungido, e vivendo na certeza do cumprimento das promessas. O reino de Deus é invencível e eterno.
Conclusão:
Atos 4.25 reafirma a centralidade da promessa abraâmica cumprida em Jesus Cristo, o Ungido que reina segundo o propósito eterno de Deus. Essa verdade fortalece a Igreja a perseverar, sabendo que seu Senhor é soberano sobre toda história.