Atos 15.
24: Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento,
O Problema Enfrentado pela Igreja Primitiva
Desde os primeiros anos do cristianismo, a Igreja enfrentou desafios doutrinários sérios. Um dos maiores conflitos foi causado pelos chamados judaizantes — cristãos de origem judaica que exigiam que os gentios convertidos também obedecessem à Lei de Moisés, especialmente a circuncisão. Essa exigência causava confusão, medo e divisão entre os novos convertidos.
A Reunião do Concílio de Jerusalém
Diante da gravidade da situação, os apóstolos e anciãos se reuniram em Jerusalém (Atos 15) para tratar do assunto. O objetivo era esclarecer se os gentios precisavam guardar a Lei mosaica para serem salvos. Após discussões e testemunhos, ficou decidido que a salvação é unicamente pela graça de Jesus Cristo — não por obras da Lei.
A Denúncia Contra os Judaizantes
No versículo 24, os líderes da igreja de Jerusalém reconhecem que certos homens saíram sem autorização e causaram perturbação nas igrejas gentílicas. Eles ensinavam falsamente que os gentios deveriam seguir ritos judaicos para serem aceitos por Deus. Essa afirmação dos apóstolos é firme e direta: “não lhes tendo nós dado mandamento”. Ou seja, aquelas pessoas falavam por conta própria, sem respaldo da liderança cristã.
O Perigo das Falsas Doutrinas
Esse episódio revela o perigo de ensinos não autorizados e sem base bíblica. Quando líderes ou membros falam em nome de Deus, sem respaldo da Palavra e da liderança da igreja, causam confusão espiritual e enfraquecem a fé dos crentes. A verdadeira doutrina promove paz, unidade e confiança na obra de Cristo.
Conclusão
Atos 15.24 nos ensina que a igreja deve estar vigilante quanto a ensinos falsos e distorcidos, especialmente os que tentam adicionar exigências humanas à salvação. Devemos nos manter firmes na verdade do evangelho: somos salvos pela graça, mediante a fé, e não por obras da Lei. Qualquer outro evangelho, ainda que pareça piedoso, deve ser rejeitado.