
Atos 10.
34: E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;
Em Atos 10.34, o apóstolo Pedro declara: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas”. Essa afirmação é feita no contexto de sua visita à casa de Cornélio, um centurião romano. Até então, muitos judeus acreditavam que a salvação era restrita ao seu povo. Porém, ao ver a manifestação do Espírito Santo entre os gentios, Pedro compreende que Deus não limita seu amor a uma etnia ou tradição. Essa revelação foi decisiva para a expansão do evangelho.
O Evangelho para Todos
Deus sempre planejou que a salvação fosse universal. No Antigo Testamento já havia sinais disso, como na promessa a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Em Cristo, essa promessa se cumpre de forma plena. O evangelho rompe fronteiras culturais, religiosas e sociais. Não importa a origem, a cor da pele, a condição financeira ou o nível de instrução: todos têm acesso à graça salvadora mediante a fé em Jesus.
A Igualdade Diante de Deus
O texto de Atos 10.34 ensina que não há privilégios humanos na presença de Deus. Ele não julga como os homens, mas vê o coração. A justiça divina não se baseia em títulos, status ou tradições. Isso significa que ninguém pode se considerar superior espiritualmente por causa de sua posição ou herança religiosa. Da mesma forma, ninguém deve se sentir excluído. O evangelho nivela a todos diante da cruz, mostrando que a salvação é dom gratuito de Deus.
O Desafio da Igreja
Assim como Pedro precisou vencer barreiras culturais e preconceitos para anunciar a mensagem de Cristo a Cornélio, a Igreja atual também é desafiada a romper com discriminações. Deus não faz acepção de pessoas, mas muitas vezes os homens fazem. A missão da Igreja é proclamar que todos podem ser salvos em Cristo e praticar essa verdade, acolhendo a todos sem distinção.
Aplicação Prática
A compreensão de que Deus não faz acepção de pessoas deve transformar nossa forma de viver. Devemos tratar cada ser humano com dignidade, lembrando que todos são alvos do amor de Deus. A Igreja deve ser espaço de igualdade, onde ricos e pobres, doutores e simples, homens e mulheres, jovens e idosos encontram o mesmo valor diante do Senhor. Essa verdade nos desafia a viver em comunhão e a compartilhar o evangelho sem preconceitos.