Adultos 4° Trimestre de 2025
Dia Nacional da Bíblia
TEXTO ÁUREO
“Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” (1 Tm 4.8)
VERDADE PRÁTICA
As disciplinas espirituais são necessárias para o fortalecimento do espírito, assim como os exercícios físicos para a estrutura óssea e muscular.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 4.1,2 - Jesus dedicou-se ao jejum e à oração
Terça – Lc 6.12 - Uma noite em oração
Quarta – Dn 6.10 - A disciplina de Daniel
Quinta – 2 Tm 3.12 - Vivendo a verdadeira piedade nas perseguições
Sexta – At 8.2 - Homens piedosos
Sábado – 1 Pe 3.1-5 - Mulheres piedosas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 4.6-8, 13-16
6 - Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.
7 - Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade.
8 - Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.
13 - Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.
14 - Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.
15 - Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.
16 - Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.
Hinos Sugeridos: 7, 126, 442 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, destacamos a importância das disciplinas espirituais como práticas indispensáveis à vida cristã piedosa. Assim como o corpo necessita de exercício, o espírito precisa de oração, jejum e meditação na Palavra para se manter forte e vigilante. Veremos que a piedade, firmada em disciplinas espirituais, é fonte de vida presente e eterna.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Explicar o conceito bíblico de piedade, distinguindo entre sua dimensão interna e externa; II) Despertar nos alunos a consciência da necessidade de uma prática regular e perseverante das disciplinas espirituais; III) Conscientizar os alunos que as disciplinas espirituais são ferramentas essenciais na batalha contra as forças do mal.
B) Motivação: Esta lição fortalece a vida espiritual dos crentes, ensinando que a piedade se cultiva com práticas diárias de oração, jejum e meditação na Palavra. Seu ensino reafirma que a comunhão com Deus exige disciplina e nos desafia a viver uma fé prática e constante.
C) Sugestão de Método: Para enfatizar o segundo tópico desta lição, inicie o tópico propondo uma reflexão sobre a dificuldade de manter uma rotina de exercícios físicos e, em seguida, estabeleça um paralelo com a prática das disciplinas espirituais, conforme apresentado na lição. Em seguida, promova uma reflexão guiada com perguntas como: “Por que é tão difícil manter uma vida de oração e jejum?” e “O que nos distrai ou nos impede de buscar a Deus diariamente?”. Encerre com um desafio prático: cada aluno deve escolher uma disciplina espiritual para praticar com constância durante a semana, registrando breves anotações sobre as dificuldades e percepções vivenciadas, a fim de compartilhar na próxima aula. Isso tornará o ensino mais participativo, aplicado e transformador.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Precisamos avaliar nossa rotina espiritual e identificar o que tem enfraquecido nossa vida devocional. Então, podemos estabelecer um plano simples e realista para restaurar o hábito das disciplinas espirituais, com perseverança e sinceridade diante de Deus.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 103, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Graça da Disciplina”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o assunto “A Piedade e as Disciplinas Cristãs”; 2) O texto “O Exercício da Piedade”, ao final do segundo tópico, aprofunda o assunto “O Desafio das Disciplinas Espirituais”.
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos sobre a importância das disciplinas cristãs. Partiremos do conceito de “piedade”, muito trabalhado por Paulo nas Epístolas Pastorais. Veremos que as disciplinas cristãs fazem parte de uma vida piedosa. Como o corpo precisa ser alimentado e exercitado todos os dias, o espírito precisa de disciplinas diárias para seu fortalecimento. As principais são a oração, o jejum e a meditação na Palavra de Deus.
Palavra-chave Disciplinas
I – A PIEDADE E AS DISCIPLINAS CRISTÃS
1. Exercício corporal e piedade. Escrevendo a Timóteo, Paulo apresenta um paralelo entre o exercício corporal e a piedade: “Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir” (1 Tm 4.8). O apóstolo não está desconsiderando de forma absoluta o valor do exercício corporal. Aliás, o labor físico de Paulo era constante em decorrência de suas longas e constantes viagens, como também Jesus fizera (2 Co 11.26; Mt 9.35). Contudo, ele enfatiza a sobre-excelência da piedade, em cujo conceito estão as disciplinas cristãs, os exercícios espirituais. Enquanto os exercícios corporais têm algum valor apenas para esta vida, a piedade nos traz benefícios nesta vida e na eternidade.2. Piedade interna e externa. Do grego eusebia (“eu”, bom, e “sebomal”, ser devoto), a palavra piedade tem um amplo sentido espiritual e prático. Podemos resumi-lo como sendo um conjunto de atitudes que expressam temor, respeito, reverência e amor a Deus. Tais condutas estão ligadas a fatores internos e externos. Ênfases exageradas no valor das obras produzem um entendimento limitado e incorreto dessa importante virtude, como visto no Catolicismo desde os tempos medievais. Os escribas e fariseus também davam grande valor ao aspecto externo. Faziam longas orações, dizimavam e amavam cumprir publicamente seus deveres religiosos, mas interiormente estavam cheios de hipocrisia e de maldade (Mt 23.5-7, 14-23,28). A verdadeira piedade contempla as disciplinas espirituais externas, como a oração, o jejum e a leitura das Escrituras, mas sempre relacionadas a uma vida de sincera e profunda devoção a Deus, procurando agradá-lo em tudo — e isso inclui um viver justo e misericordioso com o próximo (Mt 23.23; Cl 3.23; Tg 2.14-17).
3. Piedade e discrição. A prática das disciplinas espirituais não combina com o exibicionismo. Jesus advertiu seus discípulos que fossem discretos quando orassem e jejuassem (Mt 6.5,6,16-18). Quanto ao jejum, aconselhou ações concretas para não dar sinais de estar jejuando: “quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, para não pareceres aos homens que jejuas” (Mt 6.17-18). O que dizer dos que proclamam seus jejuns, inclusive nas redes sociais? Como Jesus enfatizou, se buscarmos glória humana nossa recompensa se resumirá a um reconhecimento efêmero, sem valor algum diante de Deus. O anúncio do jejum somente convém ser feito quando sua prática for coletiva. Ainda assim, de preferência apenas entre as pessoas envolvidas com o propósito (Ef 4.16).
SINOPSE I
A verdadeira piedade se manifesta por meio de atitudes internas e externas de devoção a Deus, fundamentadas em disciplinas espirituais como oração, jejum e leitura da Palavra.
AUXÍLIO DE VIDA CRISTÃ
“A GRAÇA DA DISCIPLINA
O homem que sabiamente se disciplina para a santificação compreende a necessidade de priorizar e orar, de ser realista e confiável, e que a falha faz parte do sucesso, mas este ímpeto vem de entender a graça. Tudo em sua vida parte da graça de Deus — sola gratia — apenas da graça!
A própria salvação vem apenas da graça. Estávamos mortos em nossas transgressões e pecados, cativos de forças tenebrosas, tão incapazes de salvar-nos quanto os cadáveres. “Mas... Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou... Porque pela graça, sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus... não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.4,8,9, itálicos do autor). Somos salvos pela graça de Deus, seu imerecido favor. Mesmo a melhor porcentagem de obras diminui a graça da salvação, conforme Paulo esclareceu diretamente: “E é pela graça, já não pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rm 11.6)” (HUGHES, R. Kent. Disciplinas do Homem Cristão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.202-03).
II – O DESAFIO DAS DISCIPLINAS ESPIRITUAIS
1. A analogia do corpo. Não é fácil manter uma rotina de exercícios físicos. Quanto menos se exercita, menos se quer exercitar. E quanto mais tempo parado, pior fica. A retomada costuma ser um processo doloroso e geralmente impõe limitações, impedindo que se alcance um estado ideal de mobilidade. Assim acontece também na vida espiritual. Quanto menos oramos, jejuamos e lemos a Bíblia, menos queremos fazê-lo. E a vida espiritual vai se enfraquecendo. Os movimentos vão se tornando mais lentos e curtos. Há risco de atrofia e paralisia. O escritor aos Hebreus adverte: “Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados” (Hb 12.12). A linguagem é metafórica, mas às vezes a fraqueza do espírito é tão profunda que é sentida no corpo. A Bíblia nos recomenda reagir (Jl 3.10; 1 Co 16.13)!2. Apatia, engano e pecado. A diminuição da prática da oração, do jejum e da meditação nas Escrituras causa a perda de discernimento e sensibilidade espiritual. As crenças profundamente bíblicas, antes consolidadas, aos poucos vão se tornando superficiais até serem substituídas por “filosofias e vãs sutilezas” (Cl 2.8), que normalizam o que antes era pecado (1 Jo 3.7,8). Cristãos e igrejas são dominados pelo secularismo e ideologias de perversão, e passam a ser conduzidos por princípios e valores do presente século (Lc 18.8; 2 Pe 2.1-3). Como estão nossas disciplinas espirituais pessoais e congregacionais?
3. Da teoria à prática. Muito mais que teoria, as disciplinas espirituais devem ser praticadas por todo cristão. Reservar um tempo no início do dia para oração e meditação nas Escrituras é fundamental. Sempre que possível, repetir a disciplina ao longo do dia, ainda que em momentos curtos. Já de noite, concluídas as tarefas cotidianas, voltar à leitura da Bíblia e à oração (Sl 55.17; Dn 6.10). Praticar jejuns. Manter uma frequência regular aos cultos, com especial dedicação às reuniões de oração e consagração. Ser aluno assíduo da Escola Dominical também é uma disciplina espiritual essencial que fortalece toda a família. De forma complementar, devemos nos edificar com hinos sacros e literatura cristã sadia (1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13).
SINOPSE II
Manter uma rotina espiritual exige esforço e constância, pois a negligência das disciplinas enfraquece a fé e abre espaço para a influência do pecado e do secularismo.
AUXÍLIO DE VIDA CRISTÃ
“O EXERCÍCIO DA PIEDADE
O apóstolo Paulo une esta ideia de exercício necessário ou disciplina, com a vida espiritual. Em 1 Timóteo 4.7 diz: “Exercita-te a ti mesmo em piedade”. O verbo exercita-te é derivado de uma palavra grega muito antiga da qual obtemos a palavra ginásio. Nos dias do Novo Testamento, isto se referia ao exercício e treinamento em geral. De certo modo, Paulo está dizendo: “Faze ginástica com a finalidade de obter a piedade”. Ele está exigindo um treinamento espiritual. É este exercício espiritual que Paulo julga muito mais importante que uma caminhada matutina pela cidade. Ele acrescenta: ‘Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir” (1 Tm 4.8)” (HUGHES, R. Kent. Disciplinas da Mulher Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.12).
III – AS DISCIPLINAS E A LUTA ESPIRITUAL
1. As astúcias do Maligno. O cristão tem uma luta espiritual travada nas regiões celestiais, “contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12). Não podemos nos descuidar, desconsiderando esta realidade. O Inimigo é astuto e vive engendrando ciladas (Ef 6.11). Seu intento constante é nos atingir e produzir terríveis danos em nosso espírito, alma e corpo. De igual forma, quer atingir os que nos são queridos, principalmente nossa família (Jo 10.10; 1 Pe 5.8,9). Por isso, perseverar nas disciplinas espirituais é essencial. Precisamos viver em constante comunhão com Cristo, “orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18). Só Ele tem vida abundante para nos dar e pode nos guardar do Inimigo (Jo 10.28).2. Evitando as distrações. Sabedores do quanto as disciplinas espirituais são indispensáveis para uma vida cristã vitoriosa, devemos nos apegar a elas, agindo com prudência na administração de nosso tempo (Ef 5.15,16). Para isso, é preciso evitar as distrações, das quais atualmente o celular é a principal. Tem se tornado uma compulsão acessar as redes sociais: ver mensagens no WhatsApp, abrir o Instagram ou o Facebook ou assistir a um vídeo no Youtube — às vezes até mesmo nos templos em pleno culto! É a chamada dependência digital, que cresce a cada dia. Quando menos se percebe, o celular está à mão, mesmo sem qualquer propósito útil ou necessário. Que o Senhor nos guarde de todo vício!
SINOPSE III
As disciplinas espirituais fortalecem o cristão contra as astutas investidas do Inimigo e devem ser praticadas com vigilância e resistência às distrações do mundo atual.
CONCLUSÃO
O exercício das disciplinas espirituais é fundamental para nos fortalecer e nos dar poder contra as forças das trevas (Lc 10.19,20; Mc 16.17,18). Assim como as necessidades físicas, nosso espírito precisa ser alimentando diariamente e por toda a vida (1 Ts 5.17; 1 Pe 2.2,3).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que é piedade?
Do grego eusebia (“eu”, bom, e “sebomal”, ser devoto), a palavra piedade tem um amplo sentido espiritual e prático. Podemos resumi-lo como sendo um conjunto de atitudes que expressam temor, respeito, reverência e amor a Deus.
2. Quais as principais disciplinas espirituais?
A oração, o jejum e a leitura das Escrituras.
3. O que Jesus recomendou sobre a prática das disciplinas espirituais?
A prática das disciplinas espirituais não combina com o exibicionismo. Jesus advertiu seus discípulos que fossem discretos quando orassem e jejuassem (Mt 6.5,6; 16-18).
4. Qual o perigo da diminuição das disciplinas espirituais?
Quanto menos oramos, jejuamos e lemos a Bíblia, menos queremos fazê-lo. E a vida espiritual vai se enfraquecendo.
5. Que relação tem as disciplinas com a luta espiritual do cristão?
O Inimigo é astuto e vive engendrando ciladas (Ef 6.11). Seu intento constante é nos atingir e produzir terríveis danos em nosso espírito, alma e corpo. De igual forma, quer atingir os que nos são queridos, principalmente nossa família (Jo 10.10; 1 Pe 5.8,9). Por isso, perseverar nas disciplinas espirituais é essencial.