A VIDA FUTURA (BIBLICA)

 

Estudo escrito por: pr Elinaldo Renovato de Lima

Em relação aos ímpios

 

 Diz a palavra de Deus: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17). O destino dos ímpios é o inferno, o lugar de sofrimento eterno, reservado aos ímpios. A Bíblia usa o termo “gehena”, que se referia ao “vale de gé-Hinom”, que vai do oeste ao sul de Jerusalém, onde se colocava o lixo da cidade, e queimava todos os dias; é uma figura do inferno; É o  “estado final” e eterno dos ímpios. A Bíblia mostra aspectos terríveis daquele estado final:

-  Será um lugar de “nas trevas exteriores” (Mt 22.13);

-  O sofrimento será terrível. “ali, haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 22.13b; 25.30);

-  Será um lugar de “indignação e ira aos que são contenciosos e desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade” (Rm 2.8);

-  “tribulação e angústia sobre toda alma do homem que faz o mal, primeiramente do judeu e também do grego (Rm 2.9);

-  É comparado a uma “fornalha de fogo” (Mt 13.42, 50); não será um fogo de oxigênio, mas um “fogo” de caráter diferente, desconhecido dos homens e da Física;  - No inferno, a pessoa sofre, mas não morre: “no fogo do inferno, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Mc 9.48);  - É o lugar da “perdição” eterna (Mt 7.13); 

-  É o lugar de “castigo eterno” (Mt 25.46);  

-  É o “lago de fogo”: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.15);

-  Os ímpios farão companhia ao diabo, ao anticristo e ao falso profeta: “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre” (Ap 20.10; 21.8);

-  Os ímpios sofrerão “vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2);

-  Como resultado da vingança do Senhor, Jesus virá “como lavareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição” (2 Ts

1.8,9);

-  É lugar de retribuição pelas obras do pecado (2 Co 11.15; 1 Ts 4.6; Ap 18.6);

 

 Devemos entender que a linguagem humana, “fogo”, “lago”, etc., são a forma de Deus comunicar-nos a idéia do que vai acontecer. Na eternidade, no mundo espiritual, os elementos não são materiais, mas de caráter totalmente diferente do que vemos aqui, na terra. 

 

 Segundo René Pache, “através de todas as expressões bíblicas domina a idéia de que os pecadores impenitentes serão eternamente separados de Deus. A melhor definição do inferno nos parece a que é dada por 2 Ts 1.9: ‘os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder”. A vida eterna é o conhecimento da presença de Deus. A morte eterna , a segunda morte, é a separação definitiva de Deus” [1].

 

  EM RELAÇÃO AOS SALVOS

 

 A Bíblia não revela muitas coisas sobre o estado final dos salvos, sobre o Céu e sobre a eternidade. O véu divino é afastado um pouco, ante os nossos olhos, nas páginas das escrituras sagradas, e podemos vislumbrar um pouco do que Deus tem revelado acerca de como será futuro dos justos. Os salvos habitarão na Nova Jerusalém, que é considerada “a esposa, a mulher do Cordeiro” (Ap 21.9,10). No item VI.7, já vimos um resumo das características da Nova Jerusalém. No item presente, acrescentamos alguns detalhes importantes quanto à vida dos salvos nos céus.


 

1)    Haverá novos céus e nova terra. “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pe 3.13); “e vi um novo céu e uma nova terra” (Ap 21.1).

 

2)    Os salvos habitarão com Deus na Nova Jerusalém: “E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.2,3); “E não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap 21.27; 22.14);

 

3)    A Bíblia fala da construção e do funcionamento da Nova Jerusalém. O Arquiteto e construtor é Deus (Hb. 11.10); 

 

4)    João viu um “muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel ; Da banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da banda do poente, três portas” (Ap 21.12,13). Destacamos os nomes das tribos de Israel. Isso nos fala do plano de Deus para com a nação israelita; os muros cercando a Cidade; lembram que o povo de Israel serviu de muro para que o evangelho fosse pregado ao mundo (grifos acrescentados);

 

5)    O muro da Cidade tem doze fundamentos “e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.14b); certamente, esse simbolismo sugere que o fundamento da Nova Jerusalém é a mensagem pregada pelos doze apóstolos de Jesus; nós , os crentes (a Igreja) somos “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” Ef 2.20); 

 

6)    As portas da Cidade “eram doze pérolas: cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade, de ouro puro, como vidro transparente”  (Ap 21.21);

 

7)    Na Cidade, não há templo, “porque o seu templo é o Senhor, Deus Todopoderoso, e o Cordeiro” (Ap 21. 22); lá, não haverá necessidade de templo, como em Jerusalém, no AT, onde se ofereciam sacrifícios; na Nova Jerusalém não haverá sacrifícios, pois o pecado lá não entra;

 

8)    Na Nova Jerusalém não há luz nem eletricidade; “não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 22.23);

 

9)    A Cidade tem a estrutura de um cubo, com largura, comprimento e iguais, medindo “doze mil estádios”, equivalente a dois mil quilômetros de lado, segundo René Pache [2]; um estádio equivale a 185 metros; segundo Severino Pedro [3], “Doze mil estádios, multiplicados por 185, e o resultado elevado à terceira potência, dará uma medida cúbica da Cidade: dez bilhões, novecentos e quarenta e um milhões e quarenta e oito mil quilômetros. A grandeza da Cidade assegura lugar para todos”.  Lawrence Olson diz que “a cidade será quadrangular, sendo suas dimensões cerca de 2.500 quilômetros de comprimento, e dimensões idênticas de largura e altura. Se fosse dividida em ruas, haveria lugar para 8 milhões de ruas de 2.500 quilômetros de comprimento cada uma!” [4]Ray Summers discorda dessas medidas, dizendo que “os esforços despendidos por alguns, para determinar o número de gente que poderia viver numa cidade desse tamanho e quantos metros caberia para cada habitante, não passa de futilidade. O número 12.000 é múltiplo de dois números perfeitos – o 12 e o 1000. Emprega-se aqui para dar ideia de perfeição e completação. Quer dizer que haverá perfeita acomodação para todos os remidos” 58.

 

10)  O Trono de Deus e do Cordeiro está lá, na Nova Jerusalém (Ap 3.21);

 

12) No meio da Santa Cidade, está o Paraíso de Deus.



[1] René PACHE. L ´au dela, p. 226.

[2] René Pache. L´au de là, p. 258.

[3] Severino Pedro DA SILVA. Apocalipse versículo por versículo, p. 206.

[4] Lawrence OLSON. O plano divino através dos séculos, p. 144. 58 Ray SUMMERS. A mensagem do apocalipse, p. 197.


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